Quem poderá calcular a força e extensão de um ato de amor sincero?
Um ato de amor puro vai além do simples “não negligenciar” ou do mero cumprimento dos deveres.
Até mesmo na esfera dos negócios, o sucesso pode vir através daquela atenção a mais oferecida no momento certo. Por exemplo, Og Mandino, conhecido autor de vendas e de auto-ajuda dizia: “Nunca negligencie as pequenas coisas. Não deixe de lado aquele esforço extra, aqueles poucos minutos adicionais, aquela palavra suave de elogio ou agradecimento”.[1] E assim incentivava seus seguidores a dar sempre o melhor de si.
Chiara Lubich, fundadora do Movimento dos Focolares (focolares.org.br) vai ainda mais além, aplicando o amor sem medidas em todas as esferas da vida humana. De fato a um certo momento escrevia com coração enternecido:
“Senhor dá-me todos os que estão sós…
Senti em meu coração a paixão que invade o Teu, por todo o abandono em que o mundo inteiro nada.
Amo todo ser doente e só. Até as plantas sem viço me causam dó. Até os animais solitários.
Quem consola o seu pranto? Quem tem pena de sua morte lenta?
E quem estreita ao próprio coração o coração desesperado?
...[ ]...que eu seja os braços Teus que estreitam a si e consomem no amor toda a solidão do mundo”. [2]
Com base nestas reflexões e com o anseio que sejam realidades sempre mais vividas, apresentamos mais uma vez o resultado da vida nos nossos projetos sociais: vida que nasce de muitos atos de amor realizados a cada instante, numa espiral que eleva o ser humano e dá sentido ao que se faz dia após dia.
A Casa de Acolhida Recomeçar de Vargem Grande Paulista segue com suas atividades e programações em vista de sua missão específica: promover o acolhimento de pessoas em situação de rua e auxiliar no processo de retorno à vida em sociedade de cada um(a) deles(as).
Na programação da Casa para os acolhidos estão presentes várias rodas de conversas e palestras sobre vários temas, entre os quais: preconceito, saúde mental, o direito à educação para as minorias, a lei 13714, de 2018 sobre o fornecimento de medicamentos a Pessoas em Situação de Rua e pessoas sem domicílio.
Estes momentos, que proporcionam o diálogo com os acolhidos, têm sido de estimulo e incentivo também para o período que passam ali mesmo na casa. De fato, os acolhidos tem se lançado em ajudar no cuidado da casa. Já embelezaram o jardim com placas motivacionais, fizeram o jardim suspenso, enquanto sempre ajudam na limpeza e manutenção. As mulheres acolhidas tiveram um dia dedicado à compreensão da beleza e do cuidado de si mesmas.
"Estava passando por um processo de separação e desemprego. Na Casa de Acolhida Recomeçar fui acolhida muito bem por todos. Estou mais fortalecida hoje depois de vários atendimentos com a equipe técnica. Hoje tenho um outro olhar pela vida.
Quero recomeçar e viver feliz". - A.N.
A atenção da equipe da Casa de Acolhida vai claramente além dos cuidados imediatos de que necessitam os acolhidos, pois é preciso planejar com cada um o próprio projeto de vida. Entender juntos o caminho a se percorrer ao deixar a Casa. Por isto o trabalho de preparação dos Currículos é tão importante. Estes são encaminhados através da parceria com a Secretaria de Indústria e Comércio. No momento 7 acolhidos já conseguiram um posto de trabalho. Outro fato importante é que neste período emergencial foram resgatadas 5 pessoas na Abordagem Social de Rua, contabilizando um total de 33 acolhidos que estiveram na Casa de Acolhida no mês de julho.
Segue o relato do Sr. Genivaldo que quis compartilhar um pouco de sua história:
"Me chamo Genivaldo e vim de Ibiúna. Estou acolhido há um mês na Casa. Já tinha passado 10 dias na Casa e fui acolhido novamente. Não estava conseguindo pagar o meu aluguel. Vim porque perdi meu benefício (Bolsa Família). Aqui fui bem orientado e encaminhado para o Cadastro Único. Participei de uma palestra e dei andamento ao meu benefício. Me cadastrei no Senai e no momento faço aulas de elétrica. Com as orientações que recebo aqui estou repensando a minha vida. Tenho 53 anos. Fui pedreiro, jardineiro, ajudante geral, técnico de segurança. Tenho 5 filhos do primeiro casamento. Tenho contatos com todos que me querem bem. Meu plano é de alugar uma nova casa, formar uma nova família e seguir em frente porque sou novo ainda".
As atividades do Centro Social Jardim Margarida deste último período foram bem variadas e incluíram: gincana de férias, Arraiá do JM, Curso de Primeiros Socorros com ênfase na Lei Lucas, lançamento do novo cronograma de oficinas para o segundo semestre.
Durante o período de férias escolares, todos viveram uma semana muito alegre, com um clima de descontração, divertimento e fortalecimento de vínculos entre as crianças, adolescentes e também com toda a equipe. Foram realizadas algumas atividades pontuais direcionadas à faixa etária de 5 a 8 anos e de 8 a 15 anos.
Gincana de Férias com atividades lúdicas, diferentes e afetivas para o grupo de 5 a 8 anos. Já com o grupo da tarde de 8 a 15 anos, foi realizada uma gincana com 3 equipes, com muitas provas, com premiação de medalhas e troféus!
No dia 04/08 os meninos do Futsal SUB10 participaram de um amistoso organizado pelo JM com o time da prefeitura. Houve participação de algumas famílias e um jogo bem disputado!
Em termos de capacitação para os funcionários e colaboradores e em vista do protocolo de proteção integral da criança e do adolescente, no dia 25/07 o Centro Social JM ofereceu um Curso de Primeiros Socorros com ênfase na Lei Lucas. O Curso, ministrado pelo Prof. Érison Santana, serve tanto para as eventuais situações que possam envolver os beneficiários do JM, quanto para atendimento aos colaboradores ou mesmo para situações externas. Ao final do curso, todos receberam certificados.
Outras oficinas que estão sendo oferecidas no Centro Social Jardim Margarida para o publico da faixa etária de 8 a 11 e de 12 a 14 anos são:
Oficina de Pesquisas e Curiosidades: trata-se de uma iniciativa para promover a inclusão digital desde pequenos. Enquanto a proposta principal é pesquisar temas como o espaço, dinossauros e outros, os participantes aprendem a lidar com arquivos, imagens, formas de salvar, criar pastas, iniciar a fazer apresentações de PowerPoint etc. Além disso, dentre as habilidades para se trabalhar, os monitores desejam expandir os repertórios culturais e criar uma cultura virtual crítica para esta geração. É uma oficina de maior complexidade pedagógica e foi muito bem acolhida pelos meninos e meninas.
Oficina “Enfeitando o Projeto”: a proposta é para os alunos de 5 a 8 anos que devem desenvolver uma idéia de decoração ou algo que está faltando no projeto e construir junto com os monitores ao longo de uma manhã. É uma iniciativa que visa desenvolver a criatividade, a ideia de projeto e da importância do trabalho em equipe!
Oficina de Música: embora já estivesse acontecendo, ganhou um novo espaço: a sala de Música. Agora, além de cantar, as crianças têm mais acesso a instrumentos de percussão e podem desenvolver o ritmo. Esta oficina trabalha a escuta mútua, o trabalho em equipe, a diminuição da timidez para apresentações e expressão pessoal, além de desenvolver a habilidade e capacidades corporais.
No dia 22 de julho, realizou-se com muita alegria, a Festa Julina – Arraiá do JM. Foi uma festa linda que a comunidade do Jardim Margarida e das adjacências abraçou com entusiasmo e animação! Estima-se que passaram pela festa cerca de 400 pessoas das 14h às 22h. Certamente foi uma ocasião de estreitamento de vínculos com a comunidade, de entretenimento e lazer para o bairro.
No Centro Social Quilombo do Carmo seguem as atividades com desenvolvimentos importantes e interessantes.
O dia internacional da mulher negra latino-americana e caribenha, foi comemorado no dia 25 de julho (fotos acima), no Centro Social Quilombo do Carmo em parceria com Conselho Municipal da Mulher, com o Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS) e o Centro de Referência de Assistência Social (CRAS). Houve uma roda de conversa sobre o tema da igualdade, do respeito e da valorização das mulheres negras em todas as esferas da sociedade. O encontro que contou com a participação de 57 mulheres, ofereceu a oportunidade de reforçar o compromisso com a construção de uma sociedade mais justa e inclusiva para todas as mulheres enquanto ressaltou também as lutas e conquistas deste público.
Em relação aos trabalhos do Centro Social neste período foram realizadas as conclusões das oficinas do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos, planejadas para o primeiro semestre de 2023. Atualmente, o Centro está focado no planejamento do segundo semestre com várias capacitações.
O Centro Social Quilombo do Carmo também promove algumas excursões a título cultural, com o intuito de oferecer momentos de descontração em grupo, enquanto também se conhecem e exploram novos locais interessantes da região. Ultimamente, fizeram uma visita muito apreciada por todos, a alguns pontos turísticos da cidade de São Roque.
Temos mais uma notícia SUPER para compartilhar com vocês!
A Mariápolis Ginetta recebeu no início deste mês de agosto um novo grupo composto por 12 jovens provenientes de diversos estados do Brasil e também do exterior. Iniciou assim a EJMU 2023 (Escola de Jovens Por um Mundo Unido) no modo presencial!
Os jovens chegaram bem e entusiasmados com a experiência que se abre para cada um(a). Durante a estadia na Mariápolis seguem uma programação que inclui também algumas horas de trabalho. Temos na SMF a presença do Gabriel Valentini, do Gabril T. da Costa Farias, da Jéssica e da Vanessa. Esperamos que tenham uma bela e inesquecível experiência e que possam ser construtores de paz e de fraternidade por onde andarem.
Finalmente, colhemos a ocasião para agradecer mais uma vez a cada um dos nossos amigos e colaboradores, que apoiam com generosidade e perseverança admiráveis, todas estas iniciativas, que são plenas de significado para todos nós e de modo especialíssimo para os atendidos de cada um dos projetos.
IMENSA GRATIDÃO!
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Regra 12, extraída do livro "A Melhor Maneira de Viver", Og Mandino
2. Escrito de 1 de setembro de 1949, Chiara Lubich, Ideal e Luz, Editoras Cidade Nova e Brasiliense São Paulo, 2003, pag 86.
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