Câmara de Curitiba reconhece utilidade pública da Rede Fraternidade na Unidade.
- SMF Focolari

- 24 de set.
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A Câmara Municipal de Curitiba (CMC) aprovou, em primeiro turno, na terça-feira (16/09), o projeto de lei que declara de utilidade pública a Rede de Apoio e Integração Fraternidade na Unidade, juridicamente respaldada pela SMF – Sociedade Movimento dos Focolares. A iniciativa, protocolada pelos vereadores Marcos Vieira (PDT) e Laís Leão (PDT), recebeu 22 votos favoráveis e foi aprovada por unanimidade.

A SMF – Sociedade Movimento dos Focolari, é considerada um dos braços sociais do Movimento dos Focolares no Brasil. Por sua vez, o Movimento dos Focolares surgiu ainda na década de 40 no Norte da Itália durante a II Guerra Mundial. Sua fundadora Chiara Lubich e suas primeiras companheiras se dedicavam às pessoas que mais precisavam de auxílio, sem sequer imaginar que um movimento nasceria a partir de suas ações, que refletiam unicamente o desejo de colocar as Palavras do Evangelho em prática:
“Dai, e vos será dado” (Lc, 6-38)
“Porque todo aquele que pede, recebe”; (Mt,7-8)
"O que fizeres a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes". (Mt, 25-40)
Inspirados por esses ensinamentos, Chiara e suas primeiras companheiras começaram ajudando quem mais sofria: distribuíam alimentos, agasalhos, ajudavam as pessoas a correr para os abrigos na hora dos bombardeios e, acima de tudo, transmitiam companhia, segurança e amor. Desde o início, a missão do Movimento se delineava clara: viver pela fraternidade universal, pela cultura da paz, do encontro e do diálogo.
Hoje, o Movimento dos Focolares mantém inúmeros projetos sociais em diversos países. Em Curitiba, o trabalho de acolhimento a migrantes e refugiados começou em 2018, no Santuário Nossa Senhora da Salette, em resposta ao chamado do Papa Francisco no Dia Mundial dos Pobres. Em 2023, o projeto se consolidou oficialmente como filial da SMF.
Voltando à sessão do dia 16/09, na tribuna da CMC, a vereadora Laís Leão destacou:
“Fico especialmente feliz em poder assinar esta utilidade pública junto do vereador Marcos Vieira, porque conheço de perto o trabalho que vocês fazem. É um trabalho genuíno, feito com amor, que acolhe quem muitas vezes é invisível nos territórios.”
Para a equipe da Rede Fraternidade na Unidade, a aprovação do projeto como sendo de utilidade pública foi um momento muito significativo, pois reafirma que o poder público reconhece o valor das organizações do terceiro setor, compostas por voluntários e pessoas de boa vontade que sonham com um mundo mais fraterno e solidário.
O grupo de voluntários é grande e movido por um único objetivo: garantir que cada pessoa que chega a Curitiba seja acolhida com dignidade — especialmente migrantes, refugiados e apátridas, que já enfrentam tantas dores. Muitos deixam sua casa, seu país e até familiares queridos em busca de uma vida nova, mais humana e mais justa.
Esse reconhecimento representa um verdadeiro bálsamo para a Rede Fraternidade na Unidade. Após mais de seis anos de atuação, a entidade, agora formalizada, recebe seu primeiro documento oficial — um sinal de que está no caminho certo.
O grupo segue crescendo, pois muitos se unem à causa ao perceberem as dificuldades enfrentadas pelos migrantes: a barreira da língua, a adaptação a uma nova realidade, o primeiro emprego, a discriminação e, sobretudo, a dor da separação de tudo o que ficou para trás.
O compromisso da Rede Fraternidade na Unidade permanece o mesmo: que cada pessoa encontre, em cada voluntário, acolhimento e amor para ter forças e recomeçar uma vida melhor.
Por: Comunicação SMF
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O texto a seguir foi extraído do site da Câmara Municipal de Curitiba:
Emitida pela CMC, a Declaração de Utilidade Pública Municipal serve como um atestado de bons antecedentes, facilitando a realização de convênios com o poder público. A concessão do título é regulamentada pela lei complementar 117/2020, que exige que a entidade tenha sede em Curitiba, documentação em dia, prestação de serviços de interesse da população e apresentação de relatório de atividades, que estão anexados ao projeto de lei e disponíveis para consulta online.
No relatório de atividades apresentado pela SMF - Sociedade Movimento dos Focolari, os integrantes demonstram que o projeto atende anualmente cerca de 4 mil pessoas, entre migrantes, refugiados e apátridas.
A instituição oferece acolhimento, apoio psicossocial, encaminhamentos a serviços públicos e atividades de integração social. Entre as ações realizadas, destacam-se campanhas de alimentos, roupas e móveis, além de oficinas de culinária e informática para facilitar a inclusão laboral e digital dos beneficiários.
“Este reconhecimento público é também um símbolo de esperança. Mostra que, para quem está num processo de migração forçada, é possível ver uma luz no fim do túnel”, destacou Laís Leão, que se emocionou na tribuna da CMC ao falar do trabalho social com imigrantes do projeto Fraternidade na Unidade.
O terceiro setor chega onde o poder público não consegue chegar. “Por isso precisamos reconhecer e fortalecer esse trabalho essencial em prol da vida”, reiterou Marcos Vieira.
No plenário, Rafaela Lupion (PSD), Camilla Gonda (PSB) e Delegada Tathiana Guzella (União) declararam apoio à iniciativa, ressaltando a importância do trabalho social da entidade.















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